Alentejano com descapotável

O alentejano mais pobre da aldeia só tinha uma bicicleta, mas um dia aparece no Café Central com um descapotável. Admirados, perguntam os conterrâneos:
– Atão cumpadri, onde arranjou esse carrinho?
Respondeu o Alentejano:
– Nem imaginam! Na estrada vi uma moça, por acaso bem jeitosa, a chorar e perguntê: “o que é que se passa?” Atão ela disse-me “veja lá, um carrinho tão novo e já avariado!”.
Continuou o Alentejano:
– Atão, abri o motor, liguê dois fios e pronto! O carro estava arranjado. Atão ela puxou-me para trás de um chaparro, despiu-se toda e disse-me: “para pagar o trabalho que o senhor teve, faça o que quiser!”.
– E eu fiz o que quis, meti-me no carro e abalê com ele! – finalizou o alentejano.
Em coro, respondem os outros:
– E vossemecê fez muito bem. De certeza que a roupa também nã lhe servia…
Que horas são

Um tipo sai bêbado de uma discoteca às 7 da manhã e mete-se no carro. Ao reparar no seu estado, tem um momento de lucidez e decide dormir no carro antes de se meter ao caminho. Então estaciona ao lado de um jardim que se encontrava ali perto e adormece.
Minutos depois um tipo em fato de treino que andava a correr bate à janela do carro, acorda-o e pergunta-lhe que horas são.
– Sete e cinco… – Resmunga ele.
Cinco minutos mais tarde outro desportista volta a bater-lhe à janela do carro para perguntar as horas.
– Sete e dez! — responde ele, cada vez mais irritado.
Nessa altura, para não ser mais incomodado, agarra num papel e numa caneta e escreve em letras grandes: “Não sei que horas são!!”, pendura o letreiro na janela do carro e volta a adormecer.
Cinco minutos mais tarde um homem que vai a passar bate-lhe à janela do carro e diz-lhe:
– Bom dia! Neste momento são sete e um quarto…
Alentejanos assaltam banco

Dois alentejanos assaltaram um banco, fugiram de carro e, quando se julgaram a salvo, pararam numa estrada secundária a descansar.
Diz um:
– Atão, aproveitamos para contar o dinhêro?
Responde o outro:
– Nã vale a pena essa trabalhêra, logo no Telejornal dizem quanto é…
Macaco no autocarro

Uma senhora vai no autocarro com um macaquinho ao colo. O macaco entretém-se a puxar a carapinha de um preto que estava sentando no banco da frente. O preto, já não a gostar do comportamento do macaco, vira-se para trás e diz:
– Oh shenhôra, tira os macaco daqui!
Então a mulher pega no macaco, vira-o e acomoda-o de outra maneira. Mas o malandreco volta-se e implica novamente com a carapinha do preto.
– Minha Shenhôra vé si tu pega o macaco di outra maneira, tá bém? – Resmunga novamente o preto.
Desta vez, a mulher não lhe liga nenhuma e o preto dirige-se ao motorista:
– Senhô, faixavô! É proibido os macaco viajar nos autocarro, num é?
E o motorista responde:
– Sim é proibido! Mas já que estás cá dentro senta-te no banco do fundo…
O agricultor e os porcos

Um agricultor tinha muitos porcos. Certo dia, alguém apareceu e perguntou ao homem:
– O que é que dá de comer aos seus porcos?
Responde o agricultor:
– Ora, dou-lhes restos. Porquê?
Respondeu o outro indivíduo:
– Porque eu sou da Associação para a Protecção dos Animais. O senhor não alimenta os seus animais como deve ser, de modo que vou ter que o autuar.
Passados uns dias, outra pessoa aparece e pergunta ao homem:
– O que é que dá de comer aos seus porcos?
O agricultor, com medo de ser novamente autuado, decidiu por outra resposta:
– Eu?! Eu trato-os muito bem! Dou-lhes salmão, caviar… Porquê?
– Porque eu sou das Nações Unidas. Sabe, não é justo os seus porcos comerem tão bem quando há tanta gente a morrer de fome por esse mundo fora. Vou ter que o autuar.- respondeu o homem.
O agricultor fica mesmo aborrecido. Passados mais uns dias, aparece outra pessoa que faz novamente a mesma pergunta:
– O que é que você dá de comer aos seus porcos?
O agricultor hesita um bocado e finalmente diz:
– Olhe… Não lhes dou nada… Entrego cinco euros a cada e cada um vai comer o que quiser!
Novo emprego no Jardim Zoológico

Um homem aceitou um emprego num jardim zoológico. Um gorila tinha morrido e o homem tinha que vestir um fato de gorila e comportar-se como um até encontrarem outro animal para o substituir. O homem gostava do seu trabalho, que consistia em comer bananas, coçar-se e saltar de ramo em ramo para as pessoas verem.
Certo dia, o homem saltou demasiado longe e caiu na jaula ao lado, a dos leões. Mal o homem cai, os leões começam a rosnar e a aproximar-se lentamente dele. O homem, assustado, desata a correr em direcção à cerca e a gritar:
– Socorro! Socorro! Ajudem-me!
No meio deste alvoroço todo, o homem vira-se para trás e um dos leões diz-lhe:
– Ouve lá… vê lá se fazes menos barulho que ainda somos despedidos!